domingo, 3 de julho de 2011

Vertigem.

Vertigem;

Hiato - longos espaços de silêncio;

Meu olhar no teu, o teu no teto;

Conversas a esmo e mesmo assim, gargalhadas;

Dormir, acordar e conjugar o que há entre;

Nós, atados por vontade;

Até amanhecer, sorrindo;

Até a semana que vier, saudade;

Vida segue ansiosa e arrastada;

Rotina desejada.

Tu sacralizado.


Tua forma
a pus num andor,
venerando ao passar dos dias infindos.

Construo ao meu redor imagens tuas,
Fechando-me num exílio todo desejado.

Tarda teus milagres,
De ti me resta o oco que não me fita.
Não me toca.
E imóvel diante da tua face em gesso modelado,
Entoo a triste ladainha,
De beata em inútil reza.