domingo, 3 de julho de 2011

Vertigem.

Vertigem;

Hiato - longos espaços de silêncio;

Meu olhar no teu, o teu no teto;

Conversas a esmo e mesmo assim, gargalhadas;

Dormir, acordar e conjugar o que há entre;

Nós, atados por vontade;

Até amanhecer, sorrindo;

Até a semana que vier, saudade;

Vida segue ansiosa e arrastada;

Rotina desejada.

Tu sacralizado.


Tua forma
a pus num andor,
venerando ao passar dos dias infindos.

Construo ao meu redor imagens tuas,
Fechando-me num exílio todo desejado.

Tarda teus milagres,
De ti me resta o oco que não me fita.
Não me toca.
E imóvel diante da tua face em gesso modelado,
Entoo a triste ladainha,
De beata em inútil reza.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Manhã
Os refugiados caminham
Olhos lânguidos
Ombros frouxos
Os que não sonham mais

Manhã
Os exilados caminham
Olhos tácitos
Ombros consternados
Os que não sonham mais

Manhã
Eu, que não mais caminho,
Não me refugio
Não me exilo
E não sonho mais

domingo, 29 de maio de 2011


Eu só queria recostar  mansa ,
naquele peito alheio à minha angústia,
a cabeça cheia.
E, respeitando meu silêncio, ver o dia clarear.